Ele discursou para se defender da denúncia, divulgada na edição desta semana da revista "Veja", de que teve contas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira. O lobista, Cláudio Gontijo, teria pago, segundo a revista, a pensão mensal e o aluguel da jornalista Mônica Veloso, com quem Renan teve uma filha fora do casamento.
Renan afirma ter pago cerca de R$ 8 mil mensais como "assistência à gestante" por determinado período, mas, nos papéis entregues nesta segunda, não há nenhuma menção a esses valores.
Renan diz que seus rendimentos eram suficientes para pagar essas despesas. Embora não tenha apresentado nenhum documento comprovando a sua origem, Renan disse, por meio de sua assessoria, que, se necessário, poderá mostrá-los.
Em seu discurso, nesta segunda, o presidente do Senado disse que pagou os R$ 8 mil mensais até dezembro de 2005, quando reconheceu a paternidade da filha que tem com a jornalista.
A menina nasceu em julho de 2004, conforme consta no documento do cartório que atesta o reconhecimento da paternidade, que faz parte dos papéis levados pelo senador ao plenário. No discurso, Renan, aliás, não especifica quando começou a pagar essa "assistência".
Os documentos mostrados em plenário também não citam o fundo de R$ 100 mil que Renan disse no discurso ter feito para "despesas futuras" com sua filha. E não traz nenhum comprovante dos pagamentos do aluguel de uma casa para a mãe de sua filha entre 15 de março de 2004 e 14 de março de 2005 e de um apartamento entre março e novembro daquele ano.
Segundo a assessoria do senador, embora não tenha apresentado documentos, Renan garante a existência do fundo.
Sobre os aluguéis, a assessoria argumenta que Renan não tem recibos porque os contratos não estavam no nome dele. Os valores desses aluguéis, aliás, não foram revelados pelo senador durante o discurso.
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