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Papéis de Renan não comprovam despesas

Os documentos apresentados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta segunda-feira (28) não comprovam a origem do dinheiro de alguns gastos citados por ele em seu discurso no plenário da Casa.

Ele discursou para se defender da denúncia, divulgada na edição desta semana da revista "Veja", de que teve contas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira. O lobista, Cláudio Gontijo, teria pago, segundo a revista, a pensão mensal e o aluguel da jornalista Mônica Veloso, com quem Renan teve uma filha fora do casamento.

Renan afirma ter pago cerca de R$ 8 mil mensais como "assistência à gestante" por determinado período, mas, nos papéis entregues nesta segunda, não há nenhuma menção a esses valores.

Renan diz que seus rendimentos eram suficientes para pagar essas despesas. Embora não tenha apresentado nenhum documento comprovando a sua origem, Renan disse, por meio de sua assessoria, que, se necessário, poderá mostrá-los.

Em seu discurso, nesta segunda, o presidente do Senado disse que pagou os R$ 8 mil mensais até dezembro de 2005, quando reconheceu a paternidade da filha que tem com a jornalista.

A menina nasceu em julho de 2004, conforme consta no documento do cartório que atesta o reconhecimento da paternidade, que faz parte dos papéis levados pelo senador ao plenário. No discurso, Renan, aliás, não especifica quando começou a pagar essa "assistência".

Os documentos mostrados em plenário também não citam o fundo de R$ 100 mil que Renan disse no discurso ter feito para "despesas futuras" com sua filha. E não traz nenhum comprovante dos pagamentos do aluguel de uma casa para a mãe de sua filha entre 15 de março de 2004 e 14 de março de 2005 e de um apartamento entre março e novembro daquele ano.

Segundo a assessoria do senador, embora não tenha apresentado documentos, Renan garante a existência do fundo.

Sobre os aluguéis, a assessoria argumenta que Renan não tem recibos porque os contratos não estavam no nome dele. Os valores desses aluguéis, aliás, não foram revelados pelo senador durante o discurso.


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